quinta-feira, 20 de maio de 2010

OURO PRETO - Maio 2010

DADOS E HISTÓRIA
Localizada à 90km de BH com cerca de 60 mil habitantes, a cidade está na Serra do Espinhaço, na Zona Metalúrgica de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero). Está na Região Central da Macroregião Metalúrgica e Campo das Vertentes de Minas Gerais, e possui 11 distritos.
O nome Ouro Preto foi adotado em 20 de maio de 1823, quando a antiga Vila Rica foi elevada a cidade. "Ouro Preto" vem do ouro escuro, recoberto com uma camada de óxido de ferro, encontrado na cidade. O primeiro nome da cidade foi Vila Rica. Depois, foi Vila Rica de Albuquerque, por causa do Capitão General Antônio de Albuquerque Coelho Carvalho, então governador das capitanias de Minas e São Paulo. Foi D. João V quem mandou retirar o "Albuquerque" do nome, e adotou o "Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar", para homenagear a padroeira da cidade. Maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do Brasil, Ouro Preto é uma jóia rara encravada entre as montanhas de Minas Gerais. No auge do ciclo do ouro, foi construída por artistas e escravos, que dos modelos europeus criaram um estilo nacional. Com o declínio do garimpo, no final do século XVIII, a cidade viu sua intensa movimentação social reduzida à administração burocrática do estado. A transferência da capital para Belo Horizonte, em 1897, trouxe à cidade um isolamento ainda maior.
Ouro Preto é uma cidade universitária. A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) conta com cerca de 5 mil alunos. A maior parte dos estudantes da Ufop vem de outras cidades de Minas Gerais e do Brasil. Eles vivem uma experiência única na cidade: a vida em repúblicas. São 66 repúblicas federais (pertencentes à Ufop) e 133 particulares.






EXPERIÊNCIA
Experiência indescritível... posso mencionar aqui em algumas palavras o que é estar em Ouro Preto, mas somente pisando naquelas ruas e ladeiras de paralelepípedo é possível entender o que significa vivenciar de perto um dos maiores celeiros da história do nosso país.
Nos tópicos abaixo falarei de hospedagem e gastronomia, mas queria destacar aqui um ponto que achei muito legal: o artesanato. Há uma feirinha em Ouro Preto onde são vendidos os objetos feitos de pedra-sabão. São inúmeros objetos diferentes como porta-retrato, porta jóia, animais, tabuleiros de jogos, canecas, enfim... uma infinidade de opções artesanais maravilhosas, valorizando a arte local.
A dica que tenho para quem visita Ouro Preto é: vá de tênis! Todas as ruas são de paralelepípedo e existem muitas ladeiras. Botas sem salto também são uma boa opção.
Pode fazer bastante frio em Ouro Preto no inverno. Fui em Maio e peguei uma noite bem fria, por isso vale a pena levar roupas quentes, embora durante o dia faça bastante sol.



Feira de Artesanato: artigos em pedra sabão


Sol batendo em um dos becos de Ouro Preto


Fórum da cidade


Casa do Tiradentes




Vista da Praça Tiradentes


Mirante da UFOP




PASSEIOS E PONTOS TURÍSTICOS
A própria cidade já é o melhor passeio possível. Andar pelas ruas observando as casas e monumentos, lendo todas as plaquinhas fixadas nas portas, que nos trazem alguma informação histórica: casa do Tiradentes, colégios, fórum e por aí vai...
De qualquer forma, indico um lugar imperdível para visitar: não deixe a cidade sem visitar o Museu da Inconfidência. É o maior monumento na praça principal (Praça Tiradentes), antiga cadeia de Ouro Preto. O casarão foi inaugurado em 1846, no 21º aniversário de D.Pedro II. Se não me engano custa R$ 14 o ingresso (estudante paga meia entrada) e não pense duas vezes, pois o conjunto de informações em exposição é excepcional. Além de objetos, móveis, aparelhagem de jantar, talheres, roupas da família Real, há ainda diversas cartas e recibos das obras feitas pelo Aleijadinho por exemplo, além de recibos das consultas do Tiradentes (detalhe: tudo original). Há também uma sala chamada “Panteão dos Inconfidentes”, onde estão os restos mortais dos inconfidentes, mas nem de todos, pois não foram localizados. E ainda, há uma quantidade enorme de esculturas e quadros de diversos artistas como Mestre Ataíde, João Nepomuceno Correia e Castro e vários artistas autônomos da região. E o que mais me chamou a atenção: é possível observar o madeiro no qual Tiradentes foi enforcado. É arrepiante a sensação. Infelizmente não é possível fotografar, é preciso ver e somente guardar na memória essa lembrança incrível. Uma verdadeira viagem de volta às aulas de História do colégio!!!


Museu da Inconfidência - à noite



Ficamos hospedados no Estalagem de Minas Gerais, um hotel do SESC, que fica em Ouro Preto, mas na verdade fica na estrada, no “meio do caminho” entre BH e Ouro Preto.
É um local bem grande, com uma infra-estrutura legal, mas para variar, mal fiquei no hotel, por isso não tenho um parecer concreto da qualidade. O pouco que fiquei achei bem organizado e limpo, que é o principal. O café da manhã também é gostoso. Mas acho que não recomendaria pela distância do centro. Há diversas outras opções de pousadinhas no centro ou nas redondezas, vale a pena pesquisar melhor. Agora se for para descansar e curtir o hotel até vale a pena, pois há bastante infra-estrutura de lazer.


GASTRONOMIA
No caminho de BH para Ouro Preto, paramos no distrito Cachoeira do Campo, no restaurante Chão de Minas (Guia 4 Rodas) para almoçar. Durante a semana funciona como buffet por kilo e no final de semana é self-service à vontade, servindo pratos típicos da região. Há um cafézinho com rapadura ao invés de açúcar, diferente, mas muito bom!!!
Agora a dica quente: O Passo Pizzajazz, em Ouro Preto mesmo. Gostamos tanto que fomos jantar e almoçar no dia seguinte. À noite comemos uma pizza: meia juazeiro, meia gênova. Mas a indicação mesmo fica para a juazeiro, cujo ingrediente principal é a carne seca. Se for comer uma pizza à noite, não hesite, vá ao Passo e peça a Juazeiro, nota 10!!! Já no dia seguinte, no almoço, pedimos pratos individuais. O meu foi “Spaguetti com Shitake”: spaguetti grano duro ao molho de creme de leite fresco, shitake e filet mignon grelhado. Além de MUITO bem servido, é muito, mas muito bom. O prato do Leandro foi “Talharim à Gran Formaggio” acompanhado de picanha grelhada. O restaurante oferece uma sobremesa bem peculiar: petit goiabada. É um bolinho de goiaba com recheio de queijo. Confesso que fiquei tentada à experimentar mas acabei não pedindo. Mas para quem gosta de inovar, duvido que seja ruim.

Jantando no "O Passo"


Almoçando no "O Passo"


E na estrada, no km 68 da Rodovia dos Inconfidentes, no distrito de Cachoeira do Campo, há um ponto de parada obrigatória: Arte e Manha: sorvete exótico artesanal. É uma lanchonete também, e vende artigos da região, mas a dica fica somente para o sorvete. São diversos sabores que nunca tinha visto antes: queijo, rosas com hibisco, tamarindo, pimenta rosa, gengibre, manjericão e alguns tradicionais também. Os sorvetes são caseiros mesmo, todos feitos pela própria dona do estabelecimento junto com sua família. Se você, assim como eu, adora novas experiências gastronômicas, faça uma paradinha lá.
HOSPEDAGEM

Um comentário:

  1. Land, excelentes fotos, comentários e dicas!! Dá vontade mesmo de conhecer...rs

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