segunda-feira, 17 de outubro de 2016


As cataratas do Iguaçu e uma garganta com pus (Jul/16) 


Alou Alou! Esse blog não é meu, mas, esse post será, até porque o planejamento para conhecer Foz do Iguaçu foi feito pelo papai aqui, o que segundo dona Caroline, será a última viagem que programo hahahaha (ps. mulheres não sabem lidar com alguns esquecimentos e o gostinho do improviso).

Foz do Iguaçu, há tempos é um dos destinos que eu lamentava não ter conhecido neste Brasil nosso de cada dia. Férias da Carol e agora também do Caio e um feriado na cidade que trabalho (São Caetano do Sul) nos trouxe para cá no final de Julho/16. E não só por isso, somamos um preço razoável de passagem área e viemos para nossa aventura por aqui. 

Voamos de SP (Congonhas) para Foz, 1h30 e + um pouquinho de voo, fácil, fácil, até para um bebê de 1 ano e 11 meses. Até porque a porca mais malcriada do mundo nos ajuda nesses momentos difíceis, um IPAD e a porca malcriada e 1h30 passa rapidinho.

Com passagens compradas passamos para a busca de um hotel. Depois de ler muitos blogs e opiniões, e lembrando que agora temos um bebê viajando com agente, às opções ficam ... não limitadas, somente estamos mais criteriosos. O tempo de decisão ficou entre escolher se ficaríamos no
Mabu Thermas Grand Resort ou no Bourbon Cataratas Convention & SPA Resort. Confesso que a decisão foi baseada em preço, porque se você não tem um desejo muito grande em conhecer a Turma do Sitio do Pica Pau Amarelo ou a Turma da Mônica, no caso do Caio ele vai se divertir com ambos, então escolhi pela oferta, o Bourbon estava com o preço mais em conta quando busquei um hotel.

Ficamos no
Bourbon quatro dias (três diárias) com café da manhã, não escolhemos ½ pensão porque imaginávamos que faríamos as refeições fora do hotel todos os dias, porém não deu muito certo, coisas fora do controle acontecem com uma criança de 1 ano e 11 meses.
Por isso conhecemos algumas opções de restaurantes no hotel, tanto para almoço como para jantar, usamos por duas vezes a Trattoria di Carinola, nossa família é amante de carboidratos, pizza na quarta e massa na quinta.  Veja bem, essa foi a nossa opção porque o Caio estava com uma inflamação séria de garganta que descobrimos na quinta-feira, então o restaurante quebrou um galho. Minha pizza individual custou R$ 33, foi uma calabresa, na quinta meu
Spaghetti alla Carbonara custou R$ 37, prato também individual. O restaurante não cobra 10%, a gorjeta fica a seu critério e também não é cobrado o couvert (a entradinha), essa foi a melhor parte, gostei de comer um pãozinho de graça. O abuso fica no preço das bebidas, um refrigerante custou R$ 7,50. Outro restaurante que conhecemos no hotel, também não por opção, mas por força maior, foi o Naipi Coffee Shop, esse é um Buffet de saladas, pratos quentes e sobremesas pela bagatela de R$ 69,00. Só vale se você for como eu, que tenho alma de gordo e comi cada centavo destes R$ 69,00, se não procure opções nos seus passeios ou até no centro da cidade, como nós estávamos voltando para o hotel no horário do almoço, por causa do estado de saúde do Caio, essa opção foi o que tínhamos pelo horário e etc.

O café da manhã é ótimo, dá pra carregar bem as baterias e se preparar para as caminhas e trilhas. Dica boa é perguntar para algum garçom o que eles têm para lhe oferecer além do que está na vista, aqui eles preparavam na cozinha: tapiocas, misto quente e ovos mexidos com o acompanhamento que você quisesse, eu normalmente não vejo isso escrito em todos os lugares e só fico olhando com água na boca a mesa dos outros pra poder pedir também hahahahaha. Terminando o item comida (é impressionante como o gordinho aqui coloca comida na frente de tudo, estou falando a linhas sobre comida), eles têm uma “Copa do Bebê”.  Todos os dias, achamos uma sopa fresquinha, além de cereais, frutas e na geladeira vários tipos de leites (desnatado, integral, soja, sem lactose) para uso dos hospedes, eles também reservam uma parte de um dos restaurantes para as crianças, usamos esse restaurante todos os dias para o Caio, entravamos ali só para dar comida para ele, sem maiores problemas, até porque na idade dele o hotel não cobra a refeição. Também usei o M’Boicy Lobby Bar,  dois cafezinhos durante a estadia, ambiente bem legal centralizado no hotel, jazz na sexta-feira a noite ao vivo, se você gosta é uma ótima opção. Esse bar deveria ser o lugar também para tomar o nosso “Welcome Drink”, uma caipirinha e um cocktail de frutas sem álcool, mas não aproveitamos esse presente do hotel, ainda não sei bem por que.
Falando do hotel, posso dizer que o serviço foi excelente, infraestrutura ótima, o prédio que ficamos é antigo, você percebe isso dentro do apartamento, porém, nada que desqualifique a qualidade da estadia. Havia programação para todas as idades, muitas opções de diversão, usamos só o que era para menores de 3 anos, mas sabemos ainda que para os adultos, eles tem um SPA, piscina climatizada, academia, um espaço chamado “Fun Place” que tem cinema, pista de boliche e etc. Se você tem filhos maiores de 4 anos, tem programação durante todo o dia usando esses espaços. O hotel ainda tem espaços temáticos da turma da Mônica para divertimento das crianças, o Caio aproveitou bastante essa estrutura. O hotel também tem um mini Zoo, pequeno mas divertido, vale a pena à visita, principalmente com crianças. Em resumo a hospedagem quase impecável, a não ser por duas coisas que nos incomodaram. Primeiro, a arrumação dos quartos, pelo menos o que ficamos número 234, só acontecia depois do meio dia, então voltávamos para o quarto no horário do almoço, para refazer a mala ou algo do tipo e o quarto ainda não tinha sido arrumado, na verdade não chega a ser um problema, porém estamos acostumados ao serviço de quarto ser bem cedinho o que é diferente aqui ou foi para o meu quarto neste período, que sabemos que é movimentado por causa das férias. A segunda coisa, é que com um bebê de quase dois anos, depois de um dia cansativo às 22hs é um período que a chatice reina, porque já passou da hora, então é mamar e soninho. Porém na sexta-feira, o jazz rolou solto até às 23hs, se eu tivesse sem o Caio adoraria, teria ficado lá ouvindo e pediria “bis” assim que parassem de tocar, porém a banda parecia tocar dentro do apto 234 e o Caio deu um trabalho grande para dormir neste dia.  Veja, é possível que o que me incomodou seja sem importância para você, se sim, ignore isso e siga.

Vamos falar sobre os dias por aqui, para nós, três dias foram suficientes.
Chegamos numa quarta-feira à tarde e não tínhamos programado nada para esse dia, por volta de 14hs estávamos no hotel, deixamos as malas e fomos procurar algo para comer, pelo horário pensamos em um shopping e foi o que fizemos. No centro de Foz do Iguaçu, achamos o Shopping JL Cataratas, estacionamento gratuito (em 27/07/16) do meio dia às 16hs. Dentro do shopping fomos presenteados com o restaurante Madero, aí aí, nada há declarar a não ser uma expressão de felicidade a cada momento, um cheeseburger bacon duplo e depois um café Legero da Nespresso e um mini mouse de doce leite para acompanhar o café, fizeram minha tarde muito mais feliz. A Carol pediu um cheeseburger e uma taça de sorvete com calda de chocolate e amêndoas, receita da avó do Junior Duskin que assina os pratos do Madero, o Caio foi de talharim com cubinhos de filé mignon. Veja bem, nada “local” nesta experiência, o Madero hoje é um restaurante que está em todo o Brasil, então só fica aqui a nossa satisfação compartilhada, e se você nunca foi, vá, e se você já foi, vá de novo. 
Na quarta tivemos isso, exploração total do hotel na volta do almoço e um Caio já iniciando os sintomas de uma garganta inflamada, por isso a noite optamos, como já citado lá em cima pelo Italiano do hotel, enquanto o Caio dormia no carrinho.

Quinta-feira. Antes preciso dizer pra você caro leitor, que o que vos escreve, é um paranoico da compra antecipada de ingressos. Gosto de fazer programação, de ter ingressos na mão e a certeza de que farei a atividade programada. Ufa, me senti melhor após o desabafo.
Tínhamos então ingressos para Parque Nacional Cataratas do Iguaçu e um tour em Itaipu, foi tudo o que consegui comprar pela internet para a minha tristeza. A programação para a manhã de quinta-feira era Cataratas no Brasil, ou melhor, ver as Cataratas na Argentina, é bom você encarar a verdade logo de cara, as Cataratas estão na Argentina, o que temos aqui é só a nuvem de fumaça e uma visão delas de frente, brasileiros patriotas, aceitem, uma das 7 maravilhas no mundo moderno está na casa dos Hermanos.
O acesso ao parque fica a uns 15 km do hotel, fácil acesso, a Avenida das Cataratas é o que liga o parque Nacional das Cataratas até o centro e onde fica grande parte dos hotéis, então é fácil andar por aqui, dois dias por aqui e dei folga para o Waze. O parque abre às 9hs, o estacionamento um pouco mais cedo, mas nada desesperador venha em paz no seu ritmo. A ideia de iniciar pela manhã por aqui é que tínhamos ótimas opiniões sobre o restaurante Porto Canoas e desejávamos conhece-lo, porém não foi possível, já já você saberá porque.
Chegamos sem problemas, estacionamento amplo, fomos para o caixa preferencial para trocar o ingresso que tínhamos comprado e lá pagamos o estacionamento, depois é fila do busão, porém o embarque é rápido, sem problemas, e o busão é porque depois do portal ainda temos alguns quilômetros até iniciar a caminhada. Importante que você saiba que parece ser mais legal ir na parte superior do busão, por ser aberto, já que é um busão de tour, porém o vento nesta parte é de doer, se estou relatando isso é porque senti na pele e não vale pela já que o que você irá ver é estrada e arvores, vá embaixo.
Chegamos na trilha, saiba que neste momento você será recebido por Quatis, veja só, são bonitinhos, mas não coma nada perto deles, nós vimos eles subirem em mesas com pessoas sentadas para pegar a comida. Outra informação importante, se você tem um filho com idade de usar carrinho, não faça como eu, leve o carrinho, carregar 14kgs durante muitos minutos pode fazer mal para coluna, braços e etc.
E assim iniciamos a trilha, logo de cara a visão é linda, vale cada foto, cada parada, cada esforço, porque o espetáculo é sensacional, lembrando que estamos vendo o espetáculo de frente, tudo está acontecendo na terra dos Hermanos. Caminhamos, fotografamos, paramos e etc, até que por volta de 11hs estávamos na parte que mais esperávamos a descida para ir perto da garganta do Diabo, neste momento tomamos uma sabia decisão para um pai e uma mãe que abrem mão de tudo pelo seu filho, já que o Caio estava desfalecido, ainda não sabíamos o porquê, mas seria inconsequente prosseguir com ele desta maneira, então decidimos, com tristeza, abandonar o passeio e procurar um hospital. Então não tenho condições de lhe dizer sobre a experiência de ver a garganta do Diabo do lado Brasileiro e nem como é experiência gastronômica no Porto Canoas.
Busão de volta para entrada do parque, estacionamento e bora para o hospital mais próximo, no centro de Foz do Iguaçu, depois de alguns minutos tínhamos uma receita médica com um antibiótico bem forte, um remédio para febre e dor e um spray para a irritação, a garganta do Caio estava muito ruim, então voltamos para o hotel, medicação, um pouco de comida, além de descanso para ele.
E a tarde? O papai espertão aqui tinha comprado um tour guiado em Itaipu, que é a maior geradora de energia limpa do mundo, a represa tem 170 km de extensão e a profundidade chega até 180 m, veja só, tudo isso eu aprendi com o guia durante o passeio, isso significa que nós fomos não porque somos negligentes, mas sim porque, se o Caio estava quase derrubando o hotel, ele estava em condições para acompanhar o papai em mais uma aventura.  A ida até a usina é mais demorada, mas nada que 20 a 30 minutos não resolva, além disso, os minutos de direção valeram a pena, por ter sido uma experiência diferente, interessante. É surpreendente ver dois países (Brasil / Paraguai), trabalhando lado a lado neste processo tão importante, o passeio valeu muito a pena. O que fizemos foi o tour básico, porque com o Caio, as opções que me pareciam mais legais não eram possíveis. Minha dica é: dê uma olhada com calma, escolha a melhor opção e aproveite a experiência. Não deixe de ir, vale a pena, saímos do hotel por volta de 15hs30, nosso horário era às 16hs, voltamos a tempo do Caio jantar.

Vamos para a sexta-feira?
A programação era Parque das Aves, pelo o que li era um passeio que seria ótimo, inclusive porque o Caio adora passarinhos e afins. Saímos do hotel por volta de 9hs, o Parque das Aves fica em frente ao Parque das Cataratas, então se você fez algo parecido com o que fizemos você já sabe o caminho. É possível fazer ambos os parques no mesmo dia? Sim. Se é possível, porque não fizemos? Porque li que seria importante chegar em ambos os parques bem cedo, para aproveitar as Cataratas e para pegar a alimentação do bichos, porém confesso que é possível fazer o Parque das Aves no período da tarde, só não faça isso se vai ficar o dia inteiro no Parque das Cataratas, pois existem alguns opcionais que provavelmente eu faria sem filhos ou com ele maior, um desses opcionais é o Macuco Safari, passeio de barco que te leva literalmente para baixo das quedas, os comentários são sensacionais sobre esse passeio, se você puder, faça.
Fizemos com tranquilidade o Parque das Aves, a estrutura é ótima, a organização e as indicações/sinalizações também são muito boas, o contato com a natureza é o ponto alto e vale a pena cada minuto, vários momentos onde é possível conviver com os animais soltos, voando, comendo e passeando pelos viveiros. O passeio é recomendado para todas as idades, valeu os reais gastos aqui. Informação importante, o parque não tem um estacionamento próprio, se tem eu não achei (rsrsrsrs). Existe um estacionamento particular bem ao lado, porém até o dia 29/07/16, não aceitava cartão, e o papai aqui, esse é um dos motivos que não posso mais programar viagens, segundo minha querida esposa, não tinha sacado dinheiro, então tive que achar um caixa 24hrs para pagar os R$ 15,00 cobrados (preço da diária). Se for aproveitar os dois parques no mesmo dia, a opção é estacionar neste ou no estacionamento do Parque e somente atravessar a rua, bem tranquilo.  Parque feito, voltamos para o hotel, almoço para o Caio, remédios e então a decisão mais importante da viagem, ir ou não para a terra dos nossos Hermanos. Mais uma vez a nossa decisão se baseou no grau de disposição de destruição do hotel do Caio, como o grau estava alto, decidimos ir para Puerto Iguazu, para ver o lado Argentino desta belezura.
Saímos do hotel por volta de 13hs30, e é impressionante como em 5 minutos estávamos cruzando a fronteira, é uma sensação estranha, porque normalmente o processo de entrada em outro país é bem traumático, após a placa de “bien vindo”, paramos na imigração, que foi um processo tranquilo, dentro do carro mesmo entreguei os documentos, em alguns minutos fomos aprovados para seguir. Importante falar sobre os documentos, porque esse é outro, o segundo para você leitor, motivo pelo qual eu não programarei mais nenhuma viagem familiar. Na minha mente, eu teria duas opções para entrar na Argentina, usando o meu passaporte ou o RG, não li em nenhum site sobre outro documento que serviria como liberação, e o que o papai fez? Nada de passaporte e nem RG para os adultos, o RG do Caio estava com a Carol e ambos estávamos com CNH. Confesso que me lembrei disso no caminho do Aeroporto, não era possível voltar e pegar, então fiquei aflito até o balcão da Localiza, locadora que normalmente alugamos carros, pois ali a atendente me perguntou se eu iria para Argentina, pois por alguns reais, vinte e poucos, a Localiza faz a gentileza de emitir uma autorização para que o carro que você alugou e está pagando, possa entrar na Argentina, e antes que eu pedisse a autorização, eu perguntei se com a minha CNH era possível entrar na Argentina e recebi a resposta que desejava, que era sim, é possível usar a CNH, pois o que necessitam é um documento com foto.
Imigração feita, vamos para as Cataratas de Iguazu, alguns KM’s pela frente, sem placas, isso é importante, não tem placa até a entrada do Parque, então siga sempre em frente.
Mas antes de seguir sempre em frente, saiba que na bilheteria lá eles só aceitam pesos. Dica importante, esse é o terceiro motivo pelo qual eu não planejarei mais viagens, faça cambio antes, no centro de Foz do Iguaçu, por exemplo, a entrada para nós Brasileiros em 29/07/16 foi de 250 pesos e o estacionamento de 90 pesos. Você está se perguntando onde errei? Não fiz cambio, na entrada do parque ainda na estrada, não na bilheteria, uns 13 km antes, tinham alguns guias que me ofereceram cada peso a R$ 3,80, achei barato demais e dei as costas, imaginando que teria alguma outra opção durante os 13 km que seguiria pela frente, mas não tinha. Do lado da bilheteira tinha uma casa de cambio, mas estava fechada e com aparência de abandonada, taxistas me ofereceram a 3,50 e eu relutei, a salvação para minha teimosia foi um caixa do Banco Nacional de El Pais que me possibilitou, pela bagatela de 90 pesos, que eu saqueasse no meu cartão de débito o dinheiro necessário, você pode estar imaginando que sou burro ou louco, mas no meu momento de ira com essa situação, preferi pagar a taxa do que fazer câmbio com os taxistas que  queriam só levar vantagem. Pena que não temos Uber por aqui, se tivéssemos, talvez  a cotação seria 5 por 1 e eu ainda teria uma aguinha, wifii e balinhas kkkkk.

Ingressos comprados, estacionamento também pago no mesmo caixa, vamos para o passeio.
Pelo horário, já eram 16hs, fomos aconselhados a iniciar o passeio pelo mirante da Garganta do Diabo. Foi o que fizemos. Você vai precisar pegar um trenzinho que sai de 30 em 30 minutos da Estação Central e terá opção de descer na Estação Iguazu ou na Garganta do Diabo. Escolhemos a segunda opção, caminhamos 1100 metros e tivemos a melhor experiência do passeio até o momento, a sensação e o visual são sensacionais, é o jeito de ficar mais próximo da Garganta do Diabo e ver a queda por cima, sinceramente sem palavras, me perguntei por que não tinha estado ali antes. Algum tempo ali, algumas fotos e voltamos pelas rampas de ótimo acesso. Desta vez levei o carrinho do Caio e pude fazer todo percurso com o carrinho, nesta trilha não temos nenhuma escada.  Voltamos de trem até a Estação Iguazu, e ali você terá algumas opções, passeios pagos opcionais e duas trilhas gratuitas, uma que vai mostrando as cachoeiras por cima e outra por baixo. Aconselhado por um funcionário muito prestativo, fomos pelo circuito de baixo, todo ele com possibilidade de acesso para carrinhos de bebê, mesmo que na ida eu tenha optado pelas escadas e carregado o carrinho com o Caio, porém a volta foi toda de rampa. Esse circuito nos leva até um mirante que fica a 5 m de uma das quedas, uma distancia incrível, sem capa as pessoas ficam totalmente molhadas devido à força das aguas. Colocamos as capas e a Carol, que é a corajosa da família, foi até o final do mirante e tomou um banhinho, mas valeu a foto. Depois de algumas poses por ali, voltamos pelas rampas e o comentário entre nós foi sobre a alegria de estar ali, de ter feito esse passeio e ter visto o que vimos.
Voltamos até a estação, pegamos o trem das 17hs a caminho da Estação Central que é o começo do passeio. Ali temos lojinhas e restaurantes e o interessante é que diferente da entrada do parque, todos aceitam cartão ou os nossos reais que no dia 29/07/2016 usavam a cotação de 3,40 por 1.
Outro fato importante sobre mim, além de outros neste longo post, é que sou um viciado em sorvete, troco sorvete por qualquer sobremesa ou doce, e uso essa desculpa para experimentar sorvete em todos os lugares que vou, faça chuva ou sol, seja frio ou calor. Por causa disso, não puder deixar tomar um copinho de 250ml de Freddo. Sorvete tomado, carro ligado e vamos pegar estrada, a ideia inicial, vi alguns posts sobre isso, era parar em Puerto Iguazu e jantar por lá, porém, mais uma vez abrindo mão das minhas vontades, decidimos procurar um restaurante no centro de Foz do Iguaçu mesmo, após um banho e a janta do Caio. Estramos em Puerto Iguazu de forma rápida, achamos o “Almacen del Vino” (Av. Victoria Aguirre 519) e compramos dois vinhos da região de Mendoza por R$ 28,00. Está dando risada? Pra quem não conhece nada, qualquer coisa diverte. Como já relatei, voltamos para hotel, facilmente passamos pela imigração, e saímos para jantar em Foz pela primeira vez neste curto período por aqui. Escolhemos o restaurante consultando o Tripadvisor e olhando os comentários, e desta forma fomos levados até o La Mafia.

Ra ra ra ra ra mais eu to rindo a toa ....

Senhoras e senhores, nota 10 para o La Mafia. Local, atendimento, variedade, qualidade da entrada até a sobremesa. A Carol é a corajosa e a alcoólatra da família, brincadeira, bebe socialmente, e o La Mafia tem cervejas de fabricação própria e uma delas é um blend de Maracujá, e a Carol disse que estava ótima!
Bruschetas na entrada, eu pedi um bife de filé na milanesa de parmesão um tagliatelle com molho amatriciana. A Carol pediu um filé .... e um tagliatelle de Manteiga de Salvia.
Sobremesa eu fui de Mousse de Chocolate Branco e a Carol de Panacotta.
Ai ai, fechamos com chave de ouro e experiência culinária, sensacional, só nós arrependemos de não ter conhecido esse lugar lá no primeiro dia.

Acho que falei tudo ... não não ... lembrei agora sobre capas, trouxemos do Brasil, te aconselho a fazer a mesma coisa assim não precisa pagar o preço que os ambulantes querem aqui.
Também sei que não tenho totais condições de opinar sobre o lado Brasileiro das Cataratas, pois não fiz o passeio todo, porém, pelo que vi, o lado é Argentino é muito mais bacana, afinal, lembre-se disso, as Cataratas estão do lado deles, o que temos aqui no Brasil é só a visão delas.

Escrevo esse post enquanto Carol e Caio dormem, neste momento, madrugada de sábado (30/07/16 as 02h26) ele está sem febre, para a nossa alegria.
Amanhã nosso vôo é 13hs35, por isso deixamos a manhã livre.

Se tiver alguma dúvida sobre vir ou não para cá, venha não haverá arrependimentos.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

BUENOS AIRES - Novembro/2015

Uau! Estou de volta...
Há mais de 3 anos não posto aqui.
Muitas viagens aconteceram nesse período... viagens incríveis!
Mas mergulhei numa onda de falta de tempo e confesso, preguiça e abandonei!
Só que estou de volta... ESTAMOS de volta - e agora em 3... Eu, meu marido Leandro e nosso filhinho Caio que em seus 1 aninho e 3 meses já fez algumas viagens hehe.
Vou tentando atualizar aos poucos tudo o que está atrasado, mas vou começar pela última viagem: BUENOS AIRES.
Pois é, um lugar tão perto, tão fácil e nós não conhecíamos.
Me arrependo de não ter ido antes por um único motivo: meu padrão está muito alto.
Esperava mais e acabei me decepcionando um pouco... Então vou contar minha experiência tentando ser bem neutra e dando algumas dicas!


EXPERIÊNCIA
Como falei acho que eu esperava um pouco mais. Achei a cidade um pouco maltratada, calçadas muito judiadas e quebradas, pichações, maloqueiros na rua...
Come-se muito bem e graças à Dilma agora gasta-se bastante para comer. Nossa moeda não tem mais o mesmo valor nem mesmo aqui na América Latina. Eu sempre ouvi que em Buenos Aires se fazia uma refeição completa com vinho e sobremesa e gastava-se pouco. Esquece, isso não existe mais.
Achei o povo pouco simpático. Fui muito bem atendida mas não vi simpatia, entende? 
Como fui com criança pequena ficou complicado entrar nos lugares como museus e teatros. Infelizmente só passei para conhecer por fora. 

HOSPEDAGEM
Ficamos no Aspen Suites na rua Esmeralda.
A localização é excelente! No Microcentro, pertíssimo das Avenidas Córdoba e Corrientes. Fui andando para muitos lugares. Mesmo à noite era tranquilo, bem movimentado, com muitas opções de restaurantes e mercadinhos por perto.
A suíte bem grande, serviço de quarto direitinho. Só o café da manhã que achei fraco, os pãezinhos meio duros. Mas tinha variedade como frutas, iogurte, geléia, doce de leite, sucos...
De forma geral, recomendo, custo benefício muito bom.

PASSEIOS

DIA 1 - Tour básico a pé

Cheguei por volta do horário do almoço e segui uma dica do blog Viaje na Viagem: comecei meu tour no Cafe Tortoni, um clássico fundado em 1858. É lindo por fora e por dentro é muito charmoso. Seguimos a dica de pedir o churros com chocolate quente, mas não gostamos do churros. O chocolate sim, boa pedida, delicioso e vem com um bule de leite para você dosar a quantidade. Mas o churros é duro e parece velho (risos). O churros do Brasil é bem melhor. Também comemos um sanduíche tostado, não tínhamos almoçado. Normal, nada demais.

Acho que vale a parada mas os preços são salgados e tem fila de espera.


Seguimos em direção à calle Florida que é a rua mais "comercial" de Buenos Aires com muitas lojas, galerias e muuuuitas pessoas gritando "câmbio" o tempo todo. Não tivemos coragem de fazer câmbio na rua pois não sabíamos se era seguro. No final falo a dica quente sobre isso.

Tem uma galeria linda na rua Florida chamada Galeria Pacifico: uma construção grande e incrível e muito glamourosa por dentro. As lojas mais conhecidas estão aí e minha dica fica para a Owoko, uma loja de roupa de bebês e crianças simplesmente divina. Eu já tinha pesquisado antes e queria muito conhecer. Trouxe algumas peças para o Caio e também algumas de presente pois é completamente diferente do que estamos acostumados a ver por aqui e inclusive bem diferente do que se encontra nos Estados Unidos também. As peças são muito coloridas e eles têm diversos personagens de criação própria. Uma fofura só! Os preços são bem salgados mas nada demais se comparado às marcas famosas brasileiras como Tigor, Lilica Ripilica, Tip Top etc. Vale a pena!
Continuamos andando e fomos até a Plaza de Mayo onde está a famosa Casa Rosada.




DIA 2 - Caminito/San Telmo/Outros

Fomos de taxi para o Caminito, que fica no bairro La Boca.
Li em outros blogs que é seguro passear pela rua Caminito e as ruazinhas vizinhas mas que não deveria me afastar muito pois é um bairro com incidências de assaltos e violência. Uma das coisas que gostaríamos de ter feito seria visitar o estádio La Bombonera mas não nos recomendaram ir com criança.
Então andamos bastante pelas ruas do Caminito e gostei bastante.
É um lugar totalmente turístico com muitas lojinhas e restaurantes.
O destaque são as cores alegres e vivas das casinhas, que eram antigos cortiços dos imigrantes europeus que pintavam as casinhas com o resto das tintas que sobravam da pintura dos barcos.
Também há muitas galerias que vendem doce de leite e alfajores, inclusive a abordagem dos lojistas é bem desagradável pois te "convidam" o tempo todo para provar os doces. Acabei comprando uma caixa de alfajor por lá e depois achei bem mais barato numa lojinha próxima do hotel. Resumindo: não caia nessa!
Para souvenirs acho que vale a pena pois são lembrancinhas bem bonitinhas que não achei em nenhum outro lugar.




Saímos de lá e fomos de taxi até San Telmo, onde visitamos o Mercado de San Telmo. É bem tradicional e parece mais um museu de antiguidades, salvo as barracas de frutas e carnes. Fui em uma quarta-feira por volta de 12h30 e muitas lojas estavam fechadas. O local estava vazio e sinceramente não vi nada de interessante. 
À tarde fomos em direção ao Teatro Colón, que é um dos teatros mais importantes do mundo por seu tamanho, acústica, trajetória e do valor artístico da construção. O prédio é lindo e fiquei impressionada com o tamanho. Tentamos entrar mas os ingressos estavam esgotados para aquele dia então infelizmente não fiz a tão famosa visita guiada.
Uma sugestão é comprar o ingresso antecipadamente, já que há visitas guiadas em português, assim não corre-se o risco de perder a oportunidade. 



Partimos para a Livraria El Ateneo, uma livraria gigante e linda abrigada em um antigo teatro. Vale muito a pena a visita. Até o Caio sentou para ler um livrinho e trouxe um pra ele! (risos). 





 
Ainda nesse mesmo dia fui até o Puerto Madero. Quando eu ouvia falar de Buenos Aires automaticamente me vinha o Puerto Madero em mente. O lugar é bem bonito e agradável, com uma quantidade incrível de restaurantes. Andamos um pouco por lá, tiramos nossas fotos e acabamos não voltando mais. Sei que é clássico jantar um dia no Puerto Madero mas achamos os preços bem absurdos. Eu não costumo economizar muito em viagem mas tivemos bastante trabalho com nosso pequeno. Ele chorava em todos os lugares que entrávamos, principalmente restaurantes então achei que não valia o investimento para comer às pressas e tentando controlar o choro dele.







DIA 3 - Chuva, chuva e mais chuva!
Nosso terceiro dia foi praticamente perdido. Choveu muuuuuito e mal conseguimos ir até a esquina do hotel com capa de carrinho e muito casaco hehe.

DIA 4 - Palermo e Recoleta
Esse foi o dia em que mais andamos e o dia em que ;percebi que os 30 anos fazem a diferença na sua vida! Ainda mais depois de virar mãe hehe.
Em todas as nossas viagens sempre andamos muito e eu só ia sentir o cansaço à noite, no hotel, no final do dia. Mas como cansei nesse dia! Não sei se porque estava bastante sol ou porque sempre tem que fazer algo com o baby, enfim... lá pelas 13h30 eu já estava mais para lá do que para cá.
Fomos andando até a Recoleta e conhecemos o famoso Cemitério da Recoleta, famoso por suas lápides luxuosas e por abrigar o túmulo de Evita Perón e outras personalidades locais.
De lá passamos pela Floralis Generica, uma escultura metálica enorme e bem bonita. É uma flor que assim como uma flor natural também abre e fecha de acordo com o horário e os raios do sol.



 

Continuamos agora para Palermo onde começamos pelo Jardin Japones. Um jardim criado pela comunidade japonesa de Buenos Aires com muitas plantas e flores típicas. Muito bonito e agradável. A entrada custa 50 pesos.



 

  
 
Paramos para comer algo e nossa última parada foi o Zoológico de Palermo, que é um... zoológico hehe. Nada demais... Achei que os animais ficam bem mais visíveis que no Zoo de São Paulo. Para o Caio foi bom pois ele ama bichinhos e adorou ficar correndo atrás de pombas e outros animaizinhos pequenos que ficam soltos.
Mas sinceramente? Se você está indo com seu namorado (a), marido, esposa etc, não perca tempo. Entrada muito cara e não tem nada de diferente (190 pesos). 










GASTRONOMIA
Como falei no começo, a comida é excelente em Buenos Aires... claro, para quem gosta de carne! Para quem não gosta sem dúvida também vai achar excelentes opções mas isso também acha na sua cidade né? O diferencial realmente são as carnes e em todos os lugares que comi achei excelente.
Aí vai os lugares que fui e recomendo, todos com o link do Trip Advisor para você dar uma olhada!
   
El Establo: Fica na rua Paraguay no Microcentro. Fomos la no primeiro dia, dica do hotel. Bem simples e tradicional, estava lotada!

El Desnivel: Restaurante super tradicional em San Telmo. Comi um bife de chorizo divino e fica a dica para o acompanhamento: papas a la crema. 

El palacio de la pizza: Pizzaria simples mas deliciosa e com preço bom. Pedimos 1/2 de roquefort e 1/2 calabresa. Destaque para o molho de tomate super saboroso!
Dica: peça a massa fina pois a grossa é muito grossa hehehe. 


  Brocollino: Cantina bem tradicional próxima ao nosso hotel que vimos do lado de fora lotada e ficamos com vontade de conhecer. Recomendo!
 



La Bella Italia: Em Palermo, entramos por acaso pois não tinhamos nenhuma recomendação. Uma cantina mais moderna com diversas opções. Comi um risoto al mare e meu marido um parpadelle, também recomendo!



La churrasquita: Também no Microcentro, comi a especialidade da casa, com batatinhas nosette, aspargos e molho funghi, adorei.



Agora para mim a dica mais quente: Heladeria Esmeralda! Em frente ao nosso hotel, gostamos tanto que fomos TODOS OS DIAS. Super artesanal, textura incrível... Recomendo o mousse de naranja.



DICAS

Câmbio: LEVE DÓLAR! Vale muitíssimo a pena. Antes de ir comprei alguns pesos a R$ 0,46 e dólar a R$ 4,00. Minha informação é que o dólar valia cerca de 9,5 pesos mas conseguia trocar de 13 a 15 nos restaurantes. Eu pagava a conta em U$ e eles davam o troco em pesos nessa cotação que mencionei. Leve pesos somente para o primeiro taxi.

Táxi: Contrate um transfer do aeroporto para seu hotel ou pegue uma empresa dentro do aeroporto. Não pegue taxi do lado de fora. Caí nessa e nem acredito... Pensei que não teria diferença por ser táxi registrado certinho com taxímetro etc. O valor que ele cobrou foi mais que o dobro do táxi que contratei no hotel para o aeroporto na volta! Absurdo!















terça-feira, 11 de setembro de 2012

PARIS - Maio/2012


Ahh Paris! Sonho de muitas pessoas, destino de Lua de Mel, destino cultural, romântico, enfim.. Tem para todo gosto. E é tudo isso mesmo... Uma cidade linda, perfeita por si só, mas que dispõe de uma infinidade de atrações excelentes, das quais pude conhecer algumas...
O post não vai ser pequeno, mas vou tentar focar nas dicas em si e no roteiro que fiz, e não nas descrições detalhadas de cada atração que visitei, se não ficaria massante.
Preparados?



EXPERIÊNCIA
Paris foi o ponto inicial da minha primeira viagem para o exterior. Fizemos muitos esboços dos roteiros que faríamos na Europa e por fim, decidimos começar por Paris. Acho que foi uma boa escolha, pois foi um dos dois lugares onde mais nos desgastamos (o outro foi Roma, em breve o post..). Foram 4 dias intensos de “andança” e muita atividade. Mas nem preciso dizer que foi tudo lindo né?
Bom, aí vai a primeira dica: Fui no final de Maio e estava MUITO calor! Mas muito mesmo ok? Se eu soubesse que o clima estava daquele jeito minha mala teria sido no mesmo estilo que faço a mala quando vou para o Nordeste... Mas olhei a previsão uns dois dias antes e dizia que as máximas seriam 20º. Ilusão... fiquei eu nas calças e sapatos, quando sonhava em estar de shortinho jeans e rasteirinha.
Os quatro dias que ficamos em Paris foram muito bem aproveitados, acho que conseguimos fazer o principal... É claro, tivemos que priorizar e abrir mão de algumas coisas. Mas aviso que foi corrido... Se você faz mais o estilo “relax”, gosta de andar passeando, com calma etc, sugiro que fique pelo menos seis dias.
Vou fazer o post por dia do roteiro, acho que fica mais fácil caso alguém quiser tentar algo parecido.
E vou inserindo mais dicas ao longo do post... espero que curtam!

HOSPEDAGEM
O Hotel La Louisiane, em Saint Germán des Pres, foi uma excelente indicação de um colega de trabalho. A diária estava EUR 100 (sem café da manhã) e a grande vantagem deste hotel é a localização. O bairro (que fica no distrito 6) é super movimentado, com uma infinidade de bares, cafés, sorveterias, lojinhas... Era sempre bom chegar no hotel à noite, pois o agito era contagiante.
O hotel em si é bem simples, mas bem tranquilo, com frigobar e banheira. Não tinha ar condicionado, o que poderia ser um ponto negativo por estar tão calor. Mas tinha ventilador e deixávamos a janela aberta durante o dia. Foi suficiente.
Em frente ao hotel tinha um Carrefour Express, que comprávamos água super baratinho.
E a melhor parte: uma padaria muuuuuito boa chamada Paul, na qual tomávamos café todos os dias, também em frente ao hotel. Demorou um pouco até entendermos o cardápio todo em francês... Mas depois que entendemos, foi fácil. Eles têm um combo que vale muito a pena: uma bebida quente (café, capuccino, chocolate, chá...) + um tipo de pão, que pode ser baguete ou croissant se não me engano. Estes vêm acompanhado por um potinho de geléia de fruta e outro de manteiga. Tem um outro combo que vem suco de laranja também.

  
 Aparência é tudo né? E ainda era muuuito gostoso!

Resumindo, recomendo este hotel... não é necessário pagar a reserva, fiz tudo pela Internet e paguei mesmo no check-out.

DIA 1 – Chegada + Passeio light
Chegamos no aeroporto Orly cerca de 11h da manhã e já tinhamos pesquisado algumas opções de deslocamento até nosso hotel. A opção que achamos melhor foi pegar um ônibus no próprio Orly (EUR 7,00 por pessoa), que nos deixava na estação Denfert Rochereau. Ali já começou nossa surpreendente experiência européia, quando compramos o ticket do ônibus numa máquina, com o VTM (Visa Travel Money, veja mais detalhes AQUI). Bom, o bus estava lotado, foi meio horroroso, porque estava muito calor, como já disse, e estávamos de calça jeans e blusa de frio (Em São Paulo era outono). Além disso estávamos com uma mochila bem grande (não levamos mala de rodinha justamente pela questão da locomoção) e as bagagens ficavam meio que jogadas no bus... De qualquer forma, deu certo, descemos na estação Denfert Rochereau  e pegamos o metrô até a estação Odeon, que era a mais próxima do nosso hotel. O metrô custa EUR 2,20 e também aceita qualquer cartão na máquina.
Foi um pouco tenso entre sair do metrô e encontrar o hotel, é incrível como a Lei de Murphy impera nessa hora: obviamente fomos na direção errada. Mas graças a Deus uma alma bondosa nos perguntou se precisávamos de ajuda e nos orientou.
Claro que mesmo com o cansaço estávamos super ansiosos para sair “desbravando” a cidade (risos) e foi o que fizemos: um grato banho e caminho da roça.
Mas nesse primeiro dia o passeio foi light. Saímos caminhando do hotel, passamos pelo pátio do Louvre, Jardim de Tuileries, Place de La Concorde e seguimos em direção à Torre Eiffel. Querendo ou não, a Torre é o lugar que você mais espera ver de perto, e é surreal.

Como não entrei no Louvre esse dia, vou comentar no próximo bloco ok? Mas nosso hotel ficava cerca de 10 minutinhos caminhando do Louvre e ele era passagem para vários lugares que fomos a pé, por isso passamos por lá diversas vezes.



Seguimos pelo Jardim de Tuileires, que é um típico jardim parisiense, aliás, um dos muitos jardins e parques que existem na cidade. É bem grande e o cenário é muito agradável: algumas “barracas” de alimentação, carrinhos de sorvete, pessoas se exercitando, lendo, namorando, fazendo piquenique... 




Ao final do jardim, está a Place de La Concorde é a segunda maior praça da França e a maior de Paris. Situa-se entre a Avenida Champs Elysées e o Jardim de Tuileries e foi cenário de muitas execuções durante a Revolução Francesa. No centro da praça está o Obelisco de Luxor.




E por fim, não poderíamos deixar de correr para a grandiosa Torre Eiffel. Sim, é linda e gigantesca. Não dava para esperar o segundo dia... precisávamos vê-la! A fila estava muito grande por isso não cogitamos a possibilidade de entrar naquele momento. Só tiramos algumas fotos e voltamos caminhando para o hotel pela margem do Rio Sena. A Torre fica um pouco afastada das outras atrações que estão praticamente num “miolo histórico”, salvo exceções. Então andamos bastante para voltar ao hotel, mas tá valendo... Afinal, era nosso primeiro dia e estávamos muito animados...



Nessa caminhada de volta passamos pela famosa Ponte Alexandre III, pena que não conseguirmos voltar à noite, dizem que é linda iluminada!


Chegamos em Saint Germáin cerca de 19h e decidimos já comer algo para podermos dormir um pouco mais cedo, pois estávamos exaustos da viagem ainda... Paramos num dos milhares de bares de Saint Germáin e pedimos um crepe cada um. A massa é bem diferente da que temos no Brasil, é mais escura e mais fina, mas tava gostosinho...

2º DIA – Louvre, Palaiz Royal, Pompidou, Saint Chapelle e Notre Dame
No segundo dia decidimos ir ao Louvre logo no horário da abertura e passar lá o período da manhã. Como estávamos com o Paris Pass (veja nas DICAS), não pegamos nenhuma fila, o que é uma maravilha sem tamanho... Chegamos lá cerca de 9h15, pegamos o mapinha e fomos seguindo. Você deve saber que o Louvre é gigantesco e se a intenção foi ver absolutamente tudo que ele oferece, seriam necessários pelo menos uns 4 dias. Não era a nossa intenção, por isso tentamos ver as principais obras, que inclusive são indicadas pelo mapa do museu.



Preciso dizer que fiquei um pouco decepcionada com o tamanho da Monalisa. O quadro é bem menor do que eu imaginava e a quantidade de gente amontoada para vê-la me desanimou. Sinceramente não tive paciência para esperar um espacinho e me aproximar. Fiquei vendo de longe mesmo...


 Abaixo alguns quadros interessantes que fotografamos:

Botticelli & Lippi - Cenas da vida de Ester
Bernardino Luini - cabeça de João Batista
Da Vinci - São João Batista

Marius Granet - Interior a Basílica de São Francisco de Assis
Giuseppe Arcimboldo - não anotei o nome do quadro
Daniele Ricciarelli - O combate de Davi e Golias (detalhe para o "frente e verso")

Rafaello Santi - São Jorge lutando com o dragão

Véronèse - As bodas de Canaã (o quadro favorito do Leandro rss)


Achei bem legal a parte de Arte Egípcia... são muitos sarcófagos e objetos antigos super interessantes. 


E outra ala que me deixou encantada foi o “Apartamento de Napoleão”. Os aposentos muito bem conservados e ultra chiques são muito lindos. Amei...



O próximo passo foi o Palais Royal, que é um palácio com um belo jardim na frente rodeado por uns restaurantezinhos fofos, onde funciona hoje o Ministério da Cultura.  Como diz meu guia “é um paraíso de tranquilidade”.  Foi um lugar onde nos impressionou a capacidade dos franceses de fazerem piqueniques no chão, tipo “horário do almoço do trabalho”. Muito diferente de tudo que vemos por aqui...



Em seguida, partimos para o Centre Pompidou, que é o principal museu de arte contemporânea da França. Confesso que não curti muito, mas para quem gosta de arte moderna tem muuuita obra de arte interessante.  



Isso é arte? Oi?

Pablo Picasso - isso é arte! O que tinha de melhor no Pompidou!

Almoçamos uma massa ali mesmo na região e seguimos para a Saint Chapelle, uma igreja lindíssima, provavelmente a mais bonita de Paris. Atenção, essa é uma das atrações imperdíveis! É uma capela gótica que fica na Ilha de Citée (uma pequenina ilha no meio do Rio Sena). O destaque capela são os vitrais lindíssimos e super coloridos...  Durante algum tempo também abrigou a coroa de espinhos de Cristo.





Aqui fica uma dica... a fila para a Saint Chapelle (mesmo com o Paris Pass) estava muito grande, porém eles fazem duas filas: uma para a Saint Chapelle e outra para o Palaiz Justice, que obviamente estava vazia. Porém, as duas filas culminam no mesmo local: uma roleta com detector de metais, e só depois separam os visitantes de cada uma das atrações. Ou seja, poderíamos ter pego a menor fila, que daria no mesmo.

Em seguida fomos para a Notre Dame, outra atração imperdível. É uma das mais antigas igrejas góticas da França e palco do romance “O Corcunda de Notre Dame” (o original Notre Dame de Paris), de Victor Hugo.  A fachada é linda, o interior é muito rico em detalhes, sem contar os muitos sinos que ornam o local. Eu recomendo subir nas torres... a vista é muito linda e você vê o sino principal. É uma subida cansativa, são muitos degraus numa escadaria estreita, mas vale muito a pena!  

Dica: A subida nas torres estava inclusa no Paris Pass.

Interior da Notre Dame


Fachada da catedral
Subindo na torre e o sino, já lá em cima

 Vista linda das torres

 Adoro essa foto! Amei esse lugar!

 
 Lateral da catedral


Neste dia fizemos tudo a pé. É cansativo sim, mas acho que “andar” em Paris, faz parte do passeio. Não perca as surpresas que uma simples andada de um bairro a outro pode proporcionar.

3º DIA – D’Orsay, Les Invalides, Musée Le Armée, Pantheon, Jardim Luxemburgo, Museu Rodin, Arco do Triunfo
Bom, percebe-se que esse dia foi bem movimentado, Sim, foi o dia que fizemos mais coisas, foi bem proveitoso... e cansativo também!
Começamos no Museu D’Orsay, que embora seja incomparavelmente menor do que o Louvre, é bem grande e rico em obras também. Antiga estação ferroviária, o museu abriga obras de Monet, Van Gogh, dentre outros artistas ilustres.

D'Orsay

Monet

Olha que lindo... ver o Sena pelo relógio do museu!
 

Seguimos na margem esquerda do Rio Sena (onde está o D’Orsay) para o Hotel des Invalides, um enorme monumento que serviu de abrigo para os inválidos do exército de Luis XIV. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus, como o Museu da Arma. Além disso, ali estão diversas personalidades sepultadas, como Napoleão Bonaparte, cuja tumba tem um local de destaque e pode ser visitada. O local é lindíssimo!



 
Acima, diversos ângulos do Hotel des Invalidés

  Imagens do Museu da Arma

Tumba de Napoleão


Na sequência, visitamos o Museu Rodin, que abriga uma coleção belíssima das esculturas do artista. A escultura mais conhecida de Rodin é “O Pensador”. Mas a maioria é muito interessante e original. O jardim do museu é belíssimo!




A obra mais famosa de Rodin: O Pensador e ao lado, o Catedral


O jardim lindo


E mais uma famosa obra: Os homens à esquerda em tamanho original e ao lado, uma réplica no jardim


Caminhamos para o Jardim de Luxemburgo, que é um tradicional ponto de encontro de estudantes e casais, que dão preferência à área ao redor da Fonte de Médici. (Texto retirado do “Guia Essencial de Paris / Ciranda Cultural). O jardim é imenso e lindo, perfeito para sentar e dar uma relaxada, tomando um sorvetinho. É mais um cenário dos famosos piqueninques e lanchinhos no chão. Outra coisa engraçada é o pessoal tomando sol mesmo, como se estivessem na praia. Algumas meninas levantam a blusa para queimar a barriga. Muitos homens ficam sem camisa.  


 
 

A próxima parada foi o Pantheon, mais um clássico de Paris. Lá estão as tumbas de ilustres franceses como Voltaire, Rousseau, Hugo, Zola, dentre outros. 

Olha a vista da entrada do Pantheon!


 
Para fechar o dia com chave de ouro fomos até o Arco do Triunfo. Decidimos ir de metrô e voltar andando pela Champs Elyseés. A estação de metrô é a Charles de Gaulle – Etoile.Comissionado por Napoleão, o arco de 50 metros de altura foi concluído pelo último monarca que reinou na França, dedicado à memória do soldado desconhecido da República que morreu durante a Primeira Guerra Mundial. (Texto retirado do “Guia Essencial de Paris / Ciranda Cultural).
 

Não deixe de subir no Arco, a vista é de tirar o fôlego. Diria que é a melhor vista de Paris, pois você consegue observar num ângulo de 360º a perfeita organização das 12 principais avenidas que partem do Arco. Eu gostei demais e considero a subida no Arco com mais uma das atrações imperdíveis da cidade.

A vista linda de cima do Arco, com o destaque da Torre Eiffel

A Champs Elysées

Vista panorâmica

Voltamos caminhando pela charmosa Avenida Champs Elysées, observando as lojas de grife e os fofíssimos cafézinhos e bares. É uma longa caminhada, mas totalmente necessária.
Neste dia jantamos no Hard Rock Café pois queríamos comprar pelo menos uma camisa. Fica na estação Richelieu Drouot e o atendimento foi muito bom.

4º DIA – Versailles e Torre Eiffel
Buá! Último dia em Paris. Bem triste!
Decidimos ir para o Château de Versailles, considerado um dos castelos mais lindos do mundo, decorado por diversos artistas. Foi a casa do governo e ocontro político da França por mais de 100 anos. Os destaques ficam para a Sala dos Espelhos (Galerie des Glaces) e os apartamentos. O jardim é belíssimo, contendo uma escultura numa fonte, que representa a carruagem de Apolo saindo da água.
Fomos de trem, pegamos o RER C (uma linha específica do Metrô com maior abrangência) e descemos na estação Versailles. Custou EUR 3,25 o trecho. Não vale a pena contratar passeio para ir até lá OK? O acesso é fácil, rápido (cerca de 30 minutos) e barato.Não vou me estender aqui, as fotos falam por si.
OBS: O Jardim é pago separadamento no ingresso. Não nos atentamos a isso, então conseguimos ver o jardim todo, mas não pudemos entrar.



  
 A sala dos espelhos, magnífica!

    Pouquinha gente, não?

 
 
 
O jardim lindíssimo

E à noite, para fechar brilhantemente a estadia em Paris, fomos à Torre Eiffel com o objetivo de subir, independe da fila. Confesso que foi bem cansativo pois ficamos na fila durante 2 horas para chegar no guichê e comprar as entradas. Após isso, existe ainda uma fila de cerca de meia hora na entrada da torre para pegar o primeiro elevador. Já na primeira parada a vista é linda, mas nada comparado ao topo. Mais uma vez uma fila chata para o segundo elevador, mas não preciso nem dizer o quanto vale a pena né? A visão é fantástica, adorei ter ido à noite e ver literalmente a “cidade luz”. É a cidade mais iluminada que eu já vi.
Lá em cima venta muito, leve casaco!

 
 As fotos não ficaram muito boas, mas dá para ver como é sensacional né?

  
Inexplicável

 Não dá para explicar na foto, mas de hora em hora a torre fica "piscante", é perfeito!
Subir na Torre é mais uma das atrações imperdíveis em Paris, mas prepare a sua paciência porque a fila realmente cansa. E percebi que não importa o dia ou o horário, a fila sempr estará imensa.
Para subir até o topo de elevador custa EUR 14. É possível subir até a primeira parada de escada, acho que custa um pouco mais barato.

DICAS

  • Garrafa de água grátis: Em Paris, a maioria dos restaurantes, bares e cafés oferecem água de graça. Na verdade é a água da torneira que lá é potável. Isso é comum, você vê o próprio pessoal local com a garrafa de água. Pode pedir e abusar!
  • Paris Pass: É um “passe” que você adquire e dá direito a entrada na maioria das atrações de Paris. Você escolhe a quantidade de dias que utilizará este passe e pode inclusive adquirir pela Internet, somente precisando trocá-lo no escritório de Turismo. Vale muitíssimo a pena pois além de compensar financeiramente você evita as imensas filas das atrações.
  • Amorino: A melhor sorveteria que encontramos na cidade. Eles tem várias unidades, que descobrimos ao longo dos dias, mas tinha uma em Saint Germáin mesmo, pertinho do hotel. O sorvete além de ser delicioso vem decorado, muito fofo!
 
  • Maison Larnicol: Uma das muitas fofas casinhas de doces e chocolates da cidade. Essa era perto do hotel também e ali que experimentei os famosos Macarons! Também compramos uns chocolates por kilo, muito gostosos!
 
  • Mapa: Você precisará muito de um mapa! E não tem como se perder, com o mapa fica super fácil de se localizar. Esqueça os táxis. Use no máximo os metrôs que são auto informativos.

CURIOSIDADES

  • Os cafés e bares sejam de Saint Germáin, sejam da Champs Elysées ou de qualquer outro ponto de movimento ficam simplesmente lotados dia e noite! Isso é muito impressionante e o clima é muito gostoso. Como escurece super tarde (no mínimo 21h30), acho que o pessoal acaba extendendo os happy hours (risos). E o legal é que as cadeiras são viradas para a rua. Ou seja, fica todo mundo virado para a rua “vendo o mundo passar”. Quer coisa melhor?
 
  
  • A comida lá é muito “visual”... todas as vitrines são muito bem elaboradas, os sanduíches sempre parecem apetitosos e os doces muito bem decorados. Achei isso sensacional!
Tinha até um docinho chamado CAROLINE

 Olha esses doces e sanduíches!

  • O lance dos piqueniques é muito legal... o pessoal senta e come mesmo no chão. Na maioria das vezes isso ocorre nos parques, mas vi gente sentada tipo em porta de prédio comercial tomando um lanche. Ou andando pela rua comendo a imensa e linda baguete. Não é gente “maloqueira”, que isso fique bem claro. É um pessoal arrumado, aparentemente com roupa de trabalho. Absolutamente normal... e surpreendente!